Pesca de tucunaré para iniciantes

Lutas e voracidade para cima da isca. Lester Scalon, ensina dicas para capturar belos exemplares

Por: Ricardo GiacomminiFoto/Ilustração: Arquivo de imagens Pesca & Companhia e Lester ScalonPublicado em: 11/2011

O tucunaré tem habitat natural na Bacia Amazônia, mas foi introduzido também na região sudeste. Não realiza migrações, e vive em lagos, lagoas e na beira dos rios.

Durante a cheia, é comum encontrá-los na mata inundada. É briguento na hora da fisgada, atração ideal para pescadores esportivos.

O sucesso que garante a pescaria é a lozalização de onde o pescador está lançando a sua isca. Esta espécie tem hábitos diurnos, o desempenho vem com qualquer tipo de isca artificial ou natural como: pequenos peixes, pitus, rãs ou insetos que caem no rio.

Surpreende ao manter uma bela luta com voracidade para cima da isca. Muitas aventuras para o pescador iniciante.

Dicas de especialista

Pescador do nosso staff, Lester Scalon, 52 anos, realizou a sua primeira pescaria de tucunaré aos 13 anos quando foi para a Ilha do Bananal (TO). As dicas são para o pescador de primeira viagem do 'brabo' peixe de água doce.

“A pesca do tucunaré pode ser realizada em várias regiões do País, mas isso vai implicar na tralha que o pescadore desejar usar. Na região Amazônica por exemplo a tralha deve ser mais pesada por conta dos exemplares maiores a ser fisgados e também por conta das galhadas”, conta.

O mais indicado em todas as pescarias que necessitam de experiência e leitura da região pelo pescador é o acompanhamento de um guia ou companheiro de pesca.

“O material para a pesca do calça branca deve ser de qualidade e tralha leve: linha de 17 lb, vara de 5’6 cin ação média (refere a flexibilidade da posição inicial da vara), multifilamento 0,30 a 0,40 lb com 25 mm de expessura. A sensação de fisgar o maior peixe com um equipamento mais leve é como vencer uma corrida com um motor menos potente. É gratificante”, brinca Scalon.

Saber manuzear a tralha da pesca é essencial para obter resultados, principalmente com a carretilha que possui uma melhor praticidade e desempenho para o peixe. A isca varia da modalidade que o pescador vai fazer.

As  artificiais ganham espaço, porém o investimento é alto. Agora, com as naturais a pesca pode ocorrer sem um barco ou sem grandes investimentos. O movimento e o trabalho de uma isca é individual.

Lester encerra dizendo que o seu maior exemplar de tucunaré foi de 12 kg, com monofilamento de 25 lb, que na teoria não daria para fisgar o peixe. “O jeito de administrar o equipamento vale muito mais do que a força do pescador”.